Por que sofremos? Se temos escolha, por que optamos pelo martírio sem fim e sem solução? Será que é realmente isso o que queremos e não percebemos?
Primeiro precisamos entender a diferença entre sentimentos e emoções. Sentimento é tudo aquilo que podemos dar nome, como alegria, tristeza, orgulho, amor, medo ou culpa. Já as emoções são as reações que temos a estes sentimentos. Eles acontecem antes mesmo de entendermos o que estamos sentindo e tomando conta de nossas ações, muitas vezes até aquelas que podemos controlar.
Claro, emoções e sentimentos acabam andando juntos, mas podemos ver os sentimentos como uma oportunidade de entender por que tais situações ou atitudes nos geram tais emoções. E quando pensamos sobre isso, podemos dar um passo à frente e estar preparados em relação às nossas ações relacionadas a certos acontecimentos.
Vendo isso, é possível entender o importante papel que o sofrimento tem em nossas vidas. Ele pode vir através de diversos sentimentos e, de imediato, consegui evitá-lo. Nós até podemos avaliar as consequências de alguns dos nossos atos, mas não temos controle sobre tudo o que nos acontece, e nada disso impede o bendito sofrimento de aparecer. A escolha que temos aqui é como vamos lidar com isso.
A verdade é que, às vezes, em algum momento diante do nosso sofrimento, podemos apenas abraçá-lo como um velho e sábio amigo, perguntando para ele o motivo de ele aparecer justamente ali, naquela hora. Por que isso mexe com você dessa forma? Talvez ele só venha para permitir que você aprenda algo sobre si mesmo, que pode mudar totalmente a forma como você vê as coisas.
Compreender o sofrimento pode significar compreender o mesmo. Ele não é uma proteção por nada que fizemos. Nós não somos vítimas do sofrimento. Na verdade, ele é apenas um presente que nos desafia a reflexivo e nos traz de volta à realidade. Claro, cada um tem o seu tempo para perceber isso, para descobrir o que ele quer mostrar, pois ele também é um poço cheio de enigmas que precisamos desvendar. E o prêmio é vê-lo se despedir de nós momentaneamente, até que seja necessário aprendermos algo novamente.