Todos nós participamos de diversas atividades durante o dia, com base em diversos fatores e por diversos motivos. Considerando isso, a Terapia Ocupacional tem como objetivo geral estudar, compreender e intervir de várias maneiras possíveis para o auxílio no desempenho dessas atividades, promovendo assim a autonomia e a independência das pessoas quando necessário.
Para a Terapia Ocupacional as atividades que realizamos podem ser divididas em “grupos” que servem para facilitar a nossa organização de vida e auxiliar no desenvolvimento da identidade e do senso de competência de cada um, o que convivemos como Ocupações. Desta forma definimos 8 áreas de ocupação: Atividades de Vida Diária, Atividades Instrumentais de Vida Diária, Descanso e Sono, Educação, Trabalho, Brincar, Lazer e Participação Social.
As dificuldades de desempenho nas atividades podem ocorrer por diversos motivos, biológicos, psicológicos, sociais, físicos, neurológicos entre outros, podem ser inatos ou adquiridos em qualquer momento da nossa vida, considerando isso, o Terapeuta Ocupacional tem uma atuação abrangente, desde crianças até idosos e com estratégias diversas de intervenção adequadas à necessidade do paciente.
Os atendimentos realizados aqui têm dois principais focos de atuação: Intervenção em Saúde Mental e no desenvolvimento infantil, com foco principal em transtornos globais do desenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista entre outros.
Compreendendo um pouco do conceito da Terapia Ocupacional, uma das suas áreas de especialidade é a saúde mental, visto que, tanto quanto as limitações físicas, os transtornos mentais de diversas ordens e níveis como, depressão, ansiedade, transtorno afetivo bipolar, transtornos antissociais e de personalidade, esquizofrenia, dependência química, entre outros, também podem gerar limitações importantes na vida de uma pessoa, além do fato de que limitações próprias podem causar ou agravar a saúde mental do paciente.
Atualmente, as questões de saúde mental estão cada vez mais em evidência, muitas vezes acometendo a nossa vida ou a de pessoas que amamos, desta forma, o objetivo principal da intervenção terapêutica ocupacional é auxiliar a restruturação da vida do indivíduo e de seus familiares, uma vez que a doença não é uma identidade, apenas uma parte da vida da pessoa.
A prática da Terapia Ocupacional neste contexto baseia-se em quatro pontos principais: Desenvolvimento do autocuidado, psicoeducação, estratégias de relaxamento e enfrentamento do sofrimento psíquico e reintegração social, a intervenção pode ocorrer em atendimentos individuais ou grupais.
Com relação ao desenvolvimento humano, a Terapia Ocupacional dentro de seu objeto principal de estudo promove o engajamento e favorece o desempenho ocupacional nas atividades e na integração de habilidades, sejam elas cognitivas, sensoriais ou motoras, onde ainda há dificuldades de realização ou que não estão totalmente desenvolvido.
Neste contexto, o profissional, através da observação da ação e das avaliações padronizadas, fará uma análise desse desempenho, relacionando os componentes e habilidades em atraso, para identificar as principais demandas e monitorar o progresso das instruções. Desta forma, o terapeuta ocupacional busca favorecer a inserção do indivíduo nas atividades do dia-a-dia, indivíduos e grupos levando em conta sua faixa etária, podendo utilizar diversas abordagens afim de promover o bem-estar, a saúde, autonomia e independência, com recursos, como o brincar, como uma ferramenta terapêutica, pois possui um papel essencial na aprendizagem e no desenvolvimento global, contribuindo para a eficácia da participação nas ocupações relacionadas a si mesmo.
